Simplesmente Complicado: uma versão "água com açúcar" de Alguém Tem Que Ceder

Nessa manhã pude conferir a exibição antecipada e exclusiva para jornalistas de Simplesmente Complicado, da roteirista e diretora Nancy Meyers (Alguém Tem Que Ceder). Especialista em comédias românticas, Meyers apresenta um triângulo amoroso. Depois de dez anos divorciada de Jake (Baldwin), Jane (Streep) se deixa levar pela festa de formatura de seu filho e volta com Jake, que agora está casado com uma garota muito mais nova. Jane vira a outra, e parece viver uma nova paixão com Jake, mas entra em sua vida Adam (Martin), que se apaixona por Jane.

Qualquer semelhança com Alguém Tem Que Ceder não é mera coincidência. O roteiro quer reproduzir o que deu certo no filme estrelado por Jack Nicholson e Diane Keaton, principalmente, no que se refere aos questionamentos femininos de mulheres mais velhas. Assunto interessante, mas um assunto que já foi trabalhado antes por Meyers e que aqui ganha uma versão B.


O elenco é que salva o longa. Exclusivamente Streep, que, como Diane Keaton, nesse tipo de trama faz mais um ótimo trabalho - inclusive indicado ao "Globo de Ouro" de melhor interpretação comédia/musical. Mas Alec Baldwin não é nenhum Jack Nicholson e falta aquela química que existia entre Keaton e Nicholson no filme anterior. Baldwin não surpreende, assim como Steve Martin, que aqui está muito mais tímido do que nos outros filmes que estrelou.

Por Isabelle de Siqueira