terça-feira, 20 de outubro de 2009

Brasil, um país que não lê

A reportagem da semana que vem da Folha Universitária pegou carona no Dia Nacional do Livro, que acontece em 29/10, para discutir uma questão pertinente: Por que o brasileiro não lê? A jornalista Isabelle de Siqueira reuniu uma série de dados que explica um pouco essa questão.




Segundo a pesquisa Retratos da Leitura, realizada em 2007 pelo Instituto Pró-Livro, as principais razões do brasileiro não ser habituado à leitura são as seguintes: 17% lêem muito devagar, 11% não tem paciência para ler e 7% não conseguem se concentrar numa obra literária.

Para se ter uma idéia, o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. Já nossos hermanos argentinos costumam ler 5,8 livros por ano. Esse e outros dados sobre o tema você confere na próxima edição da Folha Universitária, disponível em todos os campi da UNIBAN na segunda-feira.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Semana cinéfila na Folha Universitária

Nessa semana, a reportagem da Folha Universitária estava toda cinéfila. Além da crítica do filme Bastardos Inglórios, nova produção de Quentin Tarantino que entra em cartaz nessa semana, estivemos presentes na exibição da ficção científica Distrito 9 e conseguimos uma entrevista exclusiva com o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. No decorrer das semanas, você irá conferir todo esse material. Por enquanto, temos aqui uma crítica feito por Manuel Marques sobre o filme Bastardos Inglórios. Leia e assista o trailer logo abaixo:

A 2ª Guerra na visão tarantinesca

Num momento presenciamos um sujeito ter a cabeça esmagada por um taco de beisebol. Em outro, o diretor nos mostra uma lâmina devidamente afiada penetrar na fronte de um soldado alemão e cortar cirurgicamente a pele até desenhar a sangue o símbolo do Partido Nazista. Assim como os Judeus tinham os narizes medidos à régua, ou identificados pela estrela de Salomão ou o sinal de circuncisão, os nazistas também teriam a sua marca e seriam prontamente identificados mesmo quando não usassem farda. Trata-se do novo filme do diretor Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios, que estréia nos cinemas de todo o país nesta sexta-feira.




A imprensa judaica foi unânime ao reprovar o longa-metragem estrelado por Brad Pitt. A crítica norte-americana também malhou. Um colega classificou a produção como "um pornô de vingança judaica". Já um outro acrescentou: "para aqueles que conhecem e entendem o Terceiro Reich e o Holocausto o filme é chocantemente superficial e tolo". Creio que faltou um pouco de senso de humor nessas análises. A nova produção de Tarantino não é um documento histórico sobre a tragédia que foi o Holocausto. É apenas uma comédia de humor negro sobre o tema, transferindo um pouco aos nazistas o sofrimento dos descendentes de Abraão. Como o brasileiro tem senso de humor, é provável que gostem de Bastardos Inglórios.




Em resumo, o longa narra a história de um grupo de judeus americanos que vai à Paris ocupada pelo ditador Adolf Hitler com a missão de matar todos os nazistas que encontrarem no caminho. E o objetivo final é cometer um atentado contra a alta cúpula do nacional-socialismo dentro de um cinema da capital francesa. A partir daí, o filme tem a assinatura de Quentin Tarantino: inúmeras referências (principalmente de obras do cinema alemão), cenas chocantes e dramaticamente engraçadas, ironia e uma história surreal, com uma seqüência final que todo o mundo gostaria que fosse realidade. O leitor não vai perder tempo nem dinheiro se arriscar ir ao cinema.